quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Quinta de Cidrô Pinot Noir 2005 Tinto


Bebido na véspera de Natal e acompanhou o tradicional bacalhau cozido.

Nariz com notas de frutos vermelhos frescos.

Na boca sente-se um corpo ligeiro. Sabor fino dos frutos vermelhos que se escondem e aparecem e no final algum temos notas de frutos secos, nozes. A madeira marca presença discreta. O Vinho é dominado pelo sabor da fruta e tem muita elegância.

Tem uns taninos bicudos, mas controlados não tornando o vinho áspero. Tem uma acidez residual constante que dá bastante vida ao vinho. Este enrola-se na perfeição com o sabor e gordura natural do bacalhau e do azeite onde estão molhadas as batatas.

Final médio.

Altamente recomendado para acompanhar peixes gordos e particularmente bacalhau. Preço elevado (35€). Só para ocasiões especiais.

Mais informação do produtor em: http://www.realcompanhiavelha.pt/

Vértice Cuvée Rerserva Bruto


No Nariz apresenta presença floral.

Na boca tem mousse média, mais contida do que murcha. Não é muito seco, tem ligeira frescura, com sabor refinado marcadamente floral. Leve agradável de beber.

Tem acidez fina. Final curto.

Indicado para entrada.

Boa relação qualidade/preço (9€).

JM Reserva 2008 Branco


Nariz com predominância a limonete e ligeiro floral em segundo plano. Tem um belo bouquet.

Na boca tem corpo leve, bastante fresco, sabor dominado pelo limonete. Vivo na boca. Boa interligação com a madeira que aparece na retaguarda. Está bem casado e denota equilíbrio.

Final médio que prolonga a sensação de frescura.

Um vinho talhado para beber no verão.

Mais informações do produtor em:
http://cvdvinhosdouro.pt

domingo, 27 de dezembro de 2009

Meandro 2003 Tinto


Feito a partir de Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca.

Nariz dominado por aromas a frutos pretos e notas químicas.

Na boca apresenta-se aveludado, com alguma espessura. Tem sabor compacto a frutos pretos e no final aparece sabor a uva passa. Boa integração com a madeira, deixando contudo que o enfoque principal seja o do sabor da fruta.

Tem corpo médio, mas sem a robustez que o caracteriza  quando bebido em novo. Pouco adstringente apresenta-se mais polido e equilibrado, se bem que eu prefiro aquela sensação carnuda quando bebido dois anos após a colheita.

Final longo.

Recomendado.

Pode consultar a critica da colheita de 2005 <aqui> bem como a de 2008 aqui.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Remelluri Reserva 2003 Tinto


Segundo o produtor feito de um blend das castas 90% Tempranillo, 5% Graciano e 5% Garnacha.

Cor granada escura a caminhar para o opaco, com reflexos acastanhados.

Lágrima espessa e gelatinosa no copo.

Nariz um pouco contraído com predominância para as notas de cereja.

Na boca revela-se um vinho sedoso, de corpo médio. Sabe a cereja cristalizada, mudando no final para notas de licor, mas em ser adocicado.Esta transição é muito agradável e aumenta o prazer de beber. Apresenta uma integração excelente da madeira.

Taninos já polidos. Tem final com intensidade média mas prolongado.

Um vinho para beber muito devagar.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Kompassus Blanc de Noirs 2006


De acordo com a ficha do produtor é feito de um blend das castas Touriga Nacional, Baga e Arinto. Não usa Pinot Noir nem Pinot Meunier utilizadas nos Champanhes que designam os produtos produzidos com estas castas como Blanc de Noirs.


Nariz muito leve com notas de ananás.


Na boca apresenta-se com uma mousse surpreendente: volumosa, opulenta, macia e viciante. Enche-nos a boca.


É um espumante verdadeiramente bruto, sem qualquer presença de açucares. Tem ligeiro sabor a frutos secos que se mantem de forma constante. Tem muita vida na boca com acidez equilibrada e um final médio.


Casa perfeitamente com marisco.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Quinta do Sairrão Vintage Port 1999



Hoje ao almoço abriu-se uma garrafa para avaliar o vinho que seria oferecido a clientes da empresa de um familiar meu. Resultou que o painel de prova considerou o vinho divino. O familiar dono das garrafas decidiu que dado que o nível de qualidade era muito elevado a clientes e preferiu partilha-lo com a família ao longo dos anos.

Este Vintage apresenta-se com cor totalmente opaca, vermelho muito escuro.


Enche a boca com unto e excelente volume.

Mantenha o vinho na boca prolongadamente para apreciar  todo o esplendor.

Concentrado e equilibrado nos sabores sujeitos a mutação própria. Sabe primeiro a cereja que depois deixa sobrepor pelo chocolate preto passando depois para ginjas.

É macio, delicioso, viciante e termina com um longo final.

Altamente recomendado.

Pó de Poeira 2006

Pois é. Finalmente provado. Finalmente..... .
Vinho com carácter. Elegante. Aromas intensos, pujantes. Deu-me vontade de cheirar, cheirar, cheirar.

Na boca é equilibrado, vegetal. Excelente acidez. Assume um perfil que admito gostar bastante. Feito com Touriga Nacional e Sousão, na mesma encosta do Poeira, partindo no entanto de vinhas mais jovens.


“nasce no pó e na poeira, na rudeza e austeridade do douro. Nasce dos elementos e da vinha. Nasce moldado pelo homem porque acreditamos que um vinho não deve terminar com um ponto de exclamação, deixando sempre questões por responder...”. Exacto! É mesmo isso!

Boa relação qualidade-preço.

Nota pessoal 1: Vamos ver se o Pai Natal deixa um Poeira no sapatinho..........
Nota pessoal 2: Não esquecer o Sirga, projecto do mesmo énologo.

Tapada do Chaves Reserva 2002 Tinto


Apresenta cor quase opaca e lágrima escorrida no copo.

Nariz marcado por notas de fruta esmagada, alguns aromas químicos e notas de madeira.

Na boca apresenta-se um pouco baço de sabor. Não se trata de ter aromas finos, trata-se de falta de expressão. A fruta parece que foi colhida antes do tempo. Está tudo muito contraído. É contudo um vinho que tem frescura, com a madeira está bem integrada.

Tem corpo médio, ligeiramente adstringente mas com álcool a mais e que cria uma ligeira sensação de aquecimento forçado.

Final médio.

Estamos perante um vinho desequilibrado e com má relação qualidade preço (11,00€). Esperemos por melhores colheitas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Conde D'Ervideira Reserva 2006 Tinto


Já tínhamos provado deste produtor Castas de Ervideira Touriga Nacional <aqui> e ficamos com muito boa impressão.

Este reserva é feito a partir de blend das castas Trincadeira, Aragones, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon.

Nariz com predominância a frutos maduros. Aromático e sugestivo.

Na boca a fruta aparece-nos com sabor natural, simples, madura, madurinha. No final aparecem algumas notas a doce que se modifica para sugestões de licor. É um vinho que aposta tudo na fruta mas de maneira, controlada e equilibrada.

Tem corpo médio, ligeiramente redondo, com taninos finos e bem integrados.

Final longo com ligeiro balsâmico.

Gostei do estilo que é muito próprio. Recomendado.

Mais informação do produtor em:

http://www.wonderfulland.com/ervideira/

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Moet & Chandon Brut Imperial

Feito a partir de um blend das seguintes castas: Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier.

Apresenta-se leve, fino, vivo na boca. O seu sabor cativa e não esmorece. Está bem balanceado entre a frescura que não é intensa, também não é muito seco (apesar de ser comercializado como bruto) e a predominância do sabor a frutos secos - amêndoas, apresentado-se muito consistente de sabor. Eu penso que desta afinação resulta o sucesso deste champanhe. A presença das amêndoas revela a mutação natural de envelhecimento.

Não se nota grande intromissão de acidez que se mantém escondida e contribui para desfrutar.

Tem um final curto com presença discreta, bem lá no fundo, de rebuçado.

Apresar do preço elevado recomendado para ocasiões especiais, sendo uma aposta segura que agrada a todos.

sábado, 28 de novembro de 2009

Julian Reynolds Reserva 2004 Tinto

Nariz muito aromático, fresco, desdobrado dominado por frutos vermelhos maduros envolto em ligeiro balsâmico.

Na boca apresenta-se volumoso, opulento, bem proporcionado.

A fruta aparece escondida, inicialmente sente-se a presença da madeira libertando-se mais tarde o sabor a fruta. Dominam as notas de bagas, algum vegetal e no fim o chocolate.

Estamos perante um vinho com personalidade muito própria entre o binário fruta/madeira o que o torna ligeiramente especial.

Final médio.

Recomendado.

sábado, 21 de novembro de 2009

Quinta do Encontro 2006 Bruto

Feito a partir das castas Bical, Arinto e Maria Gomes.

Espumante de bolha fina e de corpo leve. Apresenta bom volume e estrutura. Aposta mais nestas características do que no sabor que resulta pouco concentrado. Aqui está muito bem porque não torna cansativo nem pesado de beber tornando-o adequado para acompanhar uma refeição.

Tem notas de frutos secos e sugestões a maçã.

Ideal para servir como aperitivo ou para acompanhar pratos de peixe.

Uma alternativa séria às marcas mais comuns que se encontram no mercado.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Perfil 2005 Tinto

Feito a partir de tinta roriz, tinta barroca e touriga franca. Estagia 3 meses em barricas de carvalho francês e americano.

Nariz fechado e marcado por aromas químicos.

Na boca apresenta-se como sendo um vinho sem balanço. A fruta vermelha desaparece rapidamente e o vinho é dominado pelo álcool.

Tem corpo médio, taninos vigorosos mas bem integrados. Acidez correcta.

A precisar de forte afinação. Esperemos por melhores colheitas.

domingo, 8 de novembro de 2009

Quinta dos Carvalhais Único 2005 Tinto

Vinho provado no encontro da Revista dos Vinhos. Esta foi uma das garrafas que tive o prazer de levar para o encontro. Já tínhamos provado o Touriga Nacional da mesma gama <aqui> e tinha bastante expectativa neste.

Cor quase opaca e lágrima bastante persistente no copo.

Nariz com notas de doce frutos vermelhos, profundo e a libertar ligeiro balsâmico.

Na boca apresenta-se com um excelente volume, enche mesmo a boca, redondo, sedoso, taninos finos e bem integrados, tem pouca acidez.

A fruta aparece-nos na frente bem proporcionada, marcadamente madura, aliada ao sabor de doce de frutos que se vai transformando em notas de licor, perto da sensação de prova de vinho generoso. Esta mutação é surpreendente e vale a pena senti-la. A madeira mantém presença discreta mas está bem integrada no conjunto.

Final longo e elegante.

Altamente recomendado. Digno de Rei.

Mais informação do produtor em:

http://www.quintadoscarvalhais.eu

sábado, 7 de novembro de 2009

Quinta da Foz 2006 Tinto

Segundo o produtor o vinho é feito de um blend de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz de uvas de vinhas velhas, poisadas a pé. Estagia 15 meses em barricas de carvalho francês.

Opaco na cor, com lágrima escorrida no copo.

Nariz concentrado, com predominância para frutos pretos maduros - amora, bagas e algumas notas de groselha.

Na boca apresenta-se um vinho robusto, mediamente encorpado, consistente no sabor. Os frutos tem muito destaque, concentrados, elegantes, revelam boa integração com a madeira.

Não há lugar a notas açucaradas. É um vinho bem feito e que dá prazer em beber.

Não é muito adstringente. Tem acidez equilibrada que cresce de forma exponencial que lhe prolonga o final, médio.

Altamente recomendado.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Marquês de Marialva grande escolha 2005 Tinto

Nariz com a fruta vermelha a aparecer na frente e notas de grão de café no fundo. O café confere-lhe uma sensação de frescura.

Na boca apresenta-se com textura. Tem sabor consistente a frutos vermelhos frescos e não descai ao longo da prova. Nota-se que o álcool da-lhe bastante vida (mais vida do que corpo) e mantem os sabores em plano elevado, criando efeito balsâmico mas intromete-se em demasia. Confere-lhe um final longo mas o vinho fica desequilibrado. Não se nota grande presença do estágio em madeira.

Não se revela ser muito adstringente. Tem taninos equilibrados.

Mesmo no final regressam as notas de café.

Parece uma escolha acertada para comidas condimentadas e assados tradicionais mas de difícil casamento com outros pratos.

Mais informações do produtor em:

http://www.cantanhede.com

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dona Ermelinda 2007 Tinto

O produtor, Casa Ermelinda Freitas ficou conhecida no mundo do vinho devido ao prémio de melhor vinho do ano obtido com o Syrah 2005 no concurso Vinalies Internacionales de 2008. O Syrah que se vende a preços de 7,5€ esgotou tendo sofrido especulação de preço para valores de 100€.

Outra curiosidade deste produtor que outrora vendia a totalidade da uva para produção de terceiros, viu-se na necessidade de produzir os seus próprios vinhos quando não conseguiu vender as uvas, tendo iniciado o engarrafamento em 1997.

Este Dona Ermelinda é feito da casta Castelão a partir de vinhas com 30 anos.

Predominam as notas de fruta no nariz apresentando-se de forma muito viva e sugestiva.

Na boca nota-se que se trata de um vinho novo. Corpo médio e acidez um pouco elevada. A fruta aparece-nos de forma fechada e este é o seu maior pecado porque torna o vinho desinteressante.

Mesmo dando mais algum tempo para oxidar não há libertação do sabor. Tem taninos finos, madeira nova bem integrada e ligeira especiaria a aparecer no final.

Mais informações do produtor em:
http://www.ermelindafreitas.pt/

sábado, 24 de outubro de 2009

Valle Pradinhos 2008 Branco

A colheita de 2008 continua a ser feita a partir de Malvasia Fina, Riesling, Gewuerztraminer.

No copo apresenta lágrima escorrida.

Nariz apresenta-se com aromas de casca de pêssego, notas de manga e no final um pouco escondido aroma a maracujá.

Na boca demonstra ser um vinho de corpo médio, com alguma robustez, tendo perdido (felizmente) o sabor doce que caracterizava a colheita de 2007. Temos portanto um vinho mais afinado.

Todos os sabores são muito finos, com boa interligação. Sabe principalmente a manga, com as notas de marujá a aparecer em segundo plano.

Tem acidez equilibrada e final médio.

Talvez das melhores colheitas dos últimos anos.

sábado, 17 de outubro de 2009

Casa de Santar Tinto Superior 2001

É um vinho feito a partir das castas Alfrocheiro e Tinta Roriz.

Quando comprei este vinho referiram-me que era um vinho de 2001, tentando transmitir que parecia ter encontrado um tesouro. Eu esperei que não estivesse a comprar um vinho estragado.

Foi decantado e bebido hora e meia depois.

Nariz com notas a fruta vermelha. Aromático e sugestivo.

Na boca é um vinho macio com acidez fina com o carácter típico do Dão. Não é muito encorpado, sabe a frutos vermelhos com com notas de cereja que aparecem no final.

Nota-se que é que já está no limite da evolução.É um vinho que põe à frente a fruta com a madeira apenas a equilibrar o conjunto e em presença muito discreta.

Trata-se de uma proposta que não apresenta qualquer tipo de complexidades e outros artifícios. É fácil de beber, mas não se trata de um vinho de receita fácil. Mantém o perfil conhecido dos vinhos deste produtor (por acaso estava à espera de algo um pouco diferente). Não é um vinho que deslumbre, mas vale mais pelo seu carácter macio e equilibrado.

Tem final médio.

domingo, 11 de outubro de 2009

Dona Berta Rabigato 2006 Branco

Vinho monocasta produzido a partir de Rabigato. Segundo o produtor o cultivo realiza-se em solos com 500m de altitude que permite conferir um carácter muito especial.

Nariz pouco definido, com algumas notas florais.

Na boca revela-se um vinho de corpo leve, predominante seco, estruturado basicamente em notas herbáceas com algum floral à mistura. É um vinho com um perfil muito especial e que se calhar não agrada a todos os consumidores e não me agradou particularmente a mim.

Apesar de ser um vinho seco, tem uma frescura residual, fina, que conjugado com pouca acidez lhe confere uma proposta conseguida por poucos. Apesar de pouco acido o vinho não é murcho.

Final médio.

Mais informações do produtor em: www.donaberta.pt

Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo 2007 Tinto

Este vinho foi bebido por acaso por troca com o Unoaked do produtor do Catelo d'Alba porque a carta do restaurante não era clara de quem era o produtor do vinho.

É um vinho que não estagia em pipas (Unoaked). Daí não ter qualquer madeira integrada no sabor.

Apresenta lágrima gelatinosa no copo. Côr completamente opaca.

Nariz com muita volatilidade de aromas devido à presença do álcool.

Na boca apresenta-se um vinho com uma textura agradável, com alguma granularidade, fresco, com vida, onde a fruta, predominante preta a aparecer de forma frontal, muito consistente ao longo da prova. Contudo no final sente-se uma ligeira sensação de amarga que desequilibra o conjunto.

Tem taninos bem integrados, com algum vigor, mas sem castigarem os sentidos. Pouca acidez, apresenta final médio.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Esporão Reserva 2008 Branco


Nariz com predominância a pêssego com notas de geleia.

Apresenta lágrima escorrida no copo (convêm não esquecer que o vinho tem 14º) de fazer inveja a alguns tintos.

Esta colheita revela-se a predominãncia do pêssego com algumas notas de tangerina, não apresentando a mesma complexidade e desdobramento de sabores das colheitas anteriores. O Sabor é mais intenso, mas mais açucarado, . Apesar do aumento da sensação a doce o vinho não consegue cansativo (escapa por muito pouco) porque ainda tem estofo para mostrar alguma frescura de forma muito fina. Continua a ser um vinho com corpo acima da média para um branco e cai-lhe bem.

Muito bem continua a integração com as notas de madeira. A acidez é equilibrada e confere-lhe vida.

Final médio.

Se quiser pode consultar a critica da colheita de 2007 <aqui>.

Quinta do Cardo Siria 2008


O produtor Companhia das quintas http://www.companhiadasquintas.pt/ traz-nos este monocasta feito a partir da casta Siria.
Nariz com presença de lima. Aromático.
É um vinho de corpo leve, com alguma frescura, com acidez um pouco gorda mas bem proporcionada.
Confirma-se a presença da lima com algumas notas de laranja a sobressaírem no final mas o sabor é um pouco curto, mortiço e é pena.
Final médio.
É um vinho compatível com peixes, marisco e saladas e enquadra-se bem para ser bebido no verão.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Candido Tinto


Segundo o produtor trata-se de um vinho feito a partir de vinhas velhas.

Nariz marcado por aromas quimicos, com predominância para a tinta da china.

Entra na boca sem equilibrio, e de sabor curto. Os taninos estão desligados do conjunto. O sabor aparece concentrado no final, com predominância para a ameixa, não se notanto grande presença da madeira. É medianamente encorpado, com acidez bem afinada.

Penso que se trata de um vinho ainda à procura da definição do seu perfil.

Final médio.

Esperemos por melhores colheitas.

Mais informações do produtor em: www.quintadacarolina.pt

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Luis Pato Vinhas Velhas 2007 Branco

Vinho bebido com a minha família no restaurante do complexo da Quinta das lágrimas em Coimbra no dia das eleições legislativas deste ano. Acompanhou um risoto de cogumelos com filetes de cherne.

É um vinho feito a partir das castas Bical, Cerceal e Sercialinho.

Apresenta-se como um vinho meio seco. Tem corpo ligeiro, com notas vegetais e frutos secos, com predominância do último. Muito consistente no sabor, mas curiosamente sente-se uma frescura residual encantadora, fina e muito bem integrada.

Tem acidez bem afinada que não deixa o vinho morrer na boca.

É um vinho bem feito. Recomendado.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Marques de Casa Concha Cabernet Sauvignon 2007

“Apresentado” por um amigo, aqui está um vinho, Chileno, na minha opinião excelente ( 2005 e 2006 “levaram” com 90 pontos da wine spectator, isto para quem gosta de ratings......). Acompanhou um caril de Frango (em boa verdade foi mais o inverso...). Cor vermelha profunda com notas de frutas vermelhas, especiarias, couro e baunilha. Taninos firmes, com uma textura suave e um final longo.
Permitam-me “parar” aqui um pouco.
Esta casta é, para muitos, a rainha das uvas tintas. Encontra-se em todas as regiões, um pouco por todo o mundo (mantem as suas características, aromas e sabores independentemente da região onde é cultivada) se bem que é de esperar, naturalmente, perfis diferentes de país para país, região para região e finalmente produtor para produtor. A sua origem está associada à região de Bordeaux (Médoc) e é resultado do cruzamento entre as castas Cabernet Franc e Sauvignon Blanc. Permite vinhos estruturados, concentrados e tânicos. Além do varietal também é normal encontramos casada com pe Merlot ou Shiraz. Fica com a responsabilidade de “dar” longevidade, estrutura e complexidade.
Sugiro uma visita a
http://www.conchaytoro.com/ e uma passagem pela Garrafeira Tio Pepe...... .
Como última nota, alta, a relação preço-qualidade!

domingo, 27 de setembro de 2009

Cortes de Cima 2007 Tinto


Vinho bebido num dos encontros anuais do Drinkedin e este foi particularmente escolhido pela minha Mãe.

Outro dia li um artigo a propósito dos produtores que continuam fieis às castas da região, aos métodos de produção da zona onde se encontram inseridos e aqueles que de acordo com os recursos que estão à sua disposição vão adaptando o perfil dos vinhos às expectativas do consumidor. Este Cortes de Cima pertence à segunda categoria.

Nariz com presença muito agradável de fruta vermelha com sensações de doce de compota. Muito aromático.

Na boca apresenta-se um vinho suave, aveludado, de corpo médio, onde a de fruta marcada principalmente pela groselha aparece bem integrada com a madeira. Nota-se também algumas notas de chocolate e no final ainda se nota algumas notas de especiaria. É um vinho de perfil constantemente guloso, sem oscilações , muito consistente de paladar, onde o seu principal pecado é ter açucares a mais. Apesar de não ser um vinho que se torna cansativo, nem pesado, nota-se que aquela sensação a doce está lá a mais o que é pena porque quase não tem registo de adstrigência (taninos muito finos) e a acidez confere-lhe alguma vida e apresenta um final de boca ligeiramente prolongado.

Mais informação do produtor em http://cortesdecima.com/ .

sábado, 26 de setembro de 2009

Quinta do Lombo Reserva Bruto 2005

Este espumante resulta de um projecto promovido pela Santa Casa da Mesericórdia de Macedo de Cavaleiros, Trás-os-Montes.

Este espumante, bem como um tinto que ainda será provado foi-me oferecido pelo produtor.

De acordo com um artigo no site http://www.solidariedade.pt/ Alfredo Castanheira , presidente da Mesericórdia, decidiu continuar o cultivo das terras com o objectivo inicial de produzir vinho para disponibilizar aos idosos.

Mais tarde e tendo em atenção que as propriedades em Chacim, Cortiços (que é aldeia da minha mãe) e no Lombo, são o que comummente se designa por terras ricas (Vale Pradinhos fica logo ao lado), "decidiram-se por replantação das vinhas com castas nacionais, como é o caso da trincadeira preta, tinta roriz e touriga nacional; a construção a adega; a contratação de um enólogo; e a criação de uma marca “Quinta do Lombo” que serve para todos os produtos, desde o queijo ao azeite passando pelos diversos vinhos", passaram a fazer parte da visão empresarial da instituição.

Ganhou medalha de Bronze do Wine Masters Challenge 2008.

Espumante de bolha fina, com excelente persistência, intrinsecamente seco que nos faz lembrar o que é um verdadeiro bruto.

Tem sabor consistente e estruturado com denominador marcado por alguma presença vegetal e frutos secos, embora pudesse ser mais intenso.

Caracterizado por acidez marcante o que limita um pouco a aptidão gastronómica, indicado mais para pratos com condimentação e sabor intenso.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Callabriga 2005 Tinto

Vinho bebido no dia do meu aniversário. Tentou-se encontrar uma solução consensual entre os convivas para agradar a todos em detrimento de vinhos fáceis ou dificeis.

Nariz com notas de fruta bem marcada ao estilo tipicamente de um vinho do Douro.

Na boca apresenta-se um vinho macio, mediamente encorpado, onde a fruta nos aparece bem interligada com as notas de madeira. Aqui está muito bem. O pior é que se nota a intromissão de notas de canela e algum abaunilhado que inicialmente lhe confere alguma doçura mas depois domina o sabor causando alguma saturação e acaba por estragar o perfil clássico que inicialmente se desenha.

Os taninos quase não se intrometem e tem acidez fina e suficiente para prolongar o final que se apresenta médio.

Esperemos por melhor colheitas.

Mais informação do produtor em:

http://www.sograpevinhos.eu

PS: Por menos 5 euros pode comprar do mesmo produtor o Vinha Grande. para ler a critica aceda <aqui>.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bucellas Arinto 2008 Branco

Nariz exala frescura com predominância para os frutos tropicais.

Vinho monocasta feito de Arinto.

Na boca apresenta-se como um vinho de corpo leve, fresco, como acidez moderada que lhe confere vida sem castigar os sentidos. Não há grande presença ao nível dos sabores, apresentando-se um pouco retraídos, confirmando-se notas citrinas e de frutos tropicais.

É um vinho perfeito para dias quentes de verão e acompanha bem peixe grelhado e marisco.

Para beber sem compromissos e sem preconceitos. É um vinho ao nível da relação preço qualidade (3,5€) está melhor do que algumas ofertas na zona dos 9€.

Mais informação sobre o produtor em:
http://www.cavesvelhas.pt/

Quinta do Carmo 2004 Tinto


Nariz com bons aromas. Fruta conjugadas com notas químicas.
Na boca apresenta-se um pouco guloso: a fruta aparece em conta certa mas podia ter menos açucares tornando o vinho fácil de beber em detrimento de ser apreciado. Tem corpo médio e está bem assim porque mantém alguma elegância. Não se nota muito a presença da madeira. Taninos bem integrados, finos e acidez equilibrada.
Final médio.
Nota-se que é um vinho afinado para agradar ao consumidor, mas não se diferencia da concorrência que apresenta receita idêntica. Mesmo assim é uma escolha segura que agradará sempre aos convidados.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional 2000 Tinto


Nariz com presença a frutos vermelhos. Aromático e sugestivo.

Na boca apresenta-se como um vinho com sabor equilibrado, bem feito, harmonioso. Sabe a frutos vermelhos maduros, tem algumas notas de compota e a madeira aparece bem integrada no conjunto.

É redondo na boca, tem corpo médio, não se apresenta adstringente (não se notam os taninos) e não tem grande acidez. Todo ele é suavidade.
Final médio.

Não tem muito álcool (12,5%) e ainda bem. É um tinto afinado e tinha saudades de um vinho assim.

Recomendado.

Mais informação do produtor em:

Vale d'eira 2007 Branco


Nariz com presença de citrinos.


Feito com castas Roupeiro e Antão Vaz. O produtor recomenda ser bebido entre os 6 e 8 graus , mas eu prefiro mais o intervalo entre os 8 e os 10. Bebido no limite inferior recomendado o sabor desaparece.

É um vinho de corpo leve ligeiramente seco. Tem sabor a citrinos, algumas notas de frutos tropicais com boa presença de açucares a sugerir mel e que não causa cansaço.

Tem acidez equilibrada para vinho jovem que lhe confere vida.
Final médio.

Para mim foi uma boa surpresa. Experimente.

Mais informações do produtor em:

sábado, 29 de agosto de 2009

Domini Plus 2004 Tinto

Português:
Este vinho foi escolhido por José Maria da Fonseca para entrar no mercado Norte Americano e segundo o próprio elege como sendo um vinho da categoria premium ao qual corresponde o respectivo preço (25€).

No nariz apresenta-se concentrado de aromas, cheira a a frutos vermelhos sob forma compota.

Na boca é um vinho muito macio, aveludado, enche a boca. Tem corpo médio e está bem assim porque lhe dá alguma leveza.

Tem sabor a frutos vermelhos onde se realça a cereja, com ligeira predominância de açucares alinhada com alguma notas de chocolate, mas que não chega para saturar o paladar. É um vinho onde se sente a profundidade do sabor. Não se nota muito a presença da madeira que se calhar vem beneficiar o resultado final.

Tem taninos bem ligados ao conjunto, finos. Está bom de acidez resultando um vinho equilibrado e bem feito.

Tem final longo.

Conclui-se que é um vinho que está uns bons patamares acima da oferta do mercado, mas por este preço afasta, pelo menos no mercado nacional, muitos potenciais consumidores. Por outro lado, neste nível o grau de exigência é muito grande e o perfil com alguma componente doce pode não ser agrado dos felizes que podem comprar garrafas de vinho a este preço.

Mais informações do produtor em:
http://www.jmf.pt/

English:
This wine was chosen by José Maria da Fonseca to enter the US market and according to the producer as a sub-premium wine cost 25 €.

The nose is concentrated: red fruit and fruit jam.

It has a delightful red fruit flavour: lot's of cherry with a slight predominance of sugars, some notes of chocolate, but not enough to saturate the palate. It is a wine where you can explore the flavour. There is not much oak.

Its tannins are well connected. It's good acidity results balanced wine with a long finish.

It's a fine wine but it's price deviates a lot of consumers, specially in Portugal. Moreover, at this level there are other proposals than can catch also consumer attention.

Producer's web site:
http://www.jmf.pt/

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pedra Cancela Reserva 2006 Tinto

Com o arrefecer das temperaturas desta semana, voltamos aos tintos.

Apresenta cor totalmente opaca e lágrima escorrida no copo.

No nariz apresenta-se com notas de fruta concentrada e muita volatilidade conferida pela presença de álcool.

Na boca apresenta-se um vinho texturado com alguma granularidade. Tem corpo médio, pouco adstringente, sabe a fruta madura esmagada, tendo também algumas notas de chocolate. Nota-se presença discreta da madeira, porque todo ele é dominado pela presença da fruta. Falta-lhe um bocadinho para encher a boca.

Tem acidez fina e final médio.

Apresenta-se um vinho equilibrado bem afinado, ideal para beber nas noites frias de inverno.

Mais informação do produtor em:
http://www.pedracancela.com/

sábado, 22 de agosto de 2009

Lan Crianza 2004 Tinto


Vinho servido a copo no Restaurante D. Juan (em Portugal).
Vergonhoso é não existir uma única referência Portuguesa disponível.
A garrafa foi aberta no momento.
Nariz muito harmonioso cheira a morangos e a cerejas maduras acompanhada com algumas notas de madeira.
Boca com sabor predominante a cereja embalada pela madeira, com início um pouco açucarado (a proporção do açúcar deveria ser reduzida).
A presença do álcool, equilibrada, dá-lhe vida, mas o sabor desvanece rapidamente. Tem falta de personalidade, mesmo para um crianza. Taninos um pouco ásperos.
Final médio.
Se quer um crianza muito mais equilibrado escolha um Marques de Arienzo <aqui>.
Mais informações do produtor em:

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Chaminé 2007 Branco

Continuam as provas dos brancos neste dias quentes de verão.

Nariz com notas frescas de citrinos.

Na boca revela-se um vinho de corpo ligeiro, meio seco, onde se mistura o sabor do limão com as sensações ligeiras a frutas tropicais. Nota-se que no fundo, bem lá fundo estão lá todas as características dadas pelas Castas de que é feito: Verdelho, Antão Vaz e Arinto, mas em dose reduzida.

Tem uma acidez equilibrada e afinada para um vinho branco jovem. Não é um vinho que deslumbre mas é um vinho que tem a polivalência de se poder beber sozinho.

É um vinho para beber sem compromissos.

Mais informações do produtor em:

http://cortesdecima.com

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Dona Maria Amantis 2007 Branco

Este é mais um branco cujo preço como o Bacalhoa Branco revisto anteriormente alinha pelo tinto de mesmo nome. Anda pelos 13 €. Mais um erro de marketing.

Nariz com presença de nectarina, cheira bem.

É um vinho que é bastante sensível à temperatura que é servido. Não o coloque na zona dos 8ºC porque aqui sabe mais a limão e a acidez aumenta em demasia. Leve-o para os 12ºC. A esta temperatura o limão encolhe-se, transmitindo frescura em vez de amargura e liberta-se o sabor a nectarina. Ainda bem que sabe a este fruto e não a pêssego, caso contrário o vinho era açucarado e estragava o conjunto. Muito bem aqui. A acidez é mais reduzida, fina e transmite um persistência na boca agradável. Corpo médio.

Final médio.

O produtor publicita no rótulo que é um vinho que dedica a todos os amantes de vinho, mas penso que deveriam ter escolhido outro produto com mais valor para incluir a dita frase. É um vinho interessante mas pelo preço pedido há propostas bem mais interessantes.

Mais informação do produtor em:
http://www.donamaria.pt

Quinta da Bacalhoa 2007 Branco

O mercado de distribuição de vinho em Portugal tem resultados interessantes. O irmão mais velho, tinto, mais conceituado tem um preço na ordem dos 15€. Ora para fazer par a Quinta da Bacalhoa lançou o branco ao mesmo preço. O consumidor é normalmente enganado pensando que vai levar um vinho com relação preço qualidade idêntica ao outro que ganhou notoriedade. Normalmente o resultado é mau, resultando a destruição do produto e em último lugar da marca.

Nariz um pouco titubeante, difícil de perceber a composição. Nota-se algumas notas de limão.

Boca muito curta, sem expressão.

Confirmação da presença citrina, alguma madeira, e fruta tropical, muito ténue. É um vinho ultra ligeiro e com pouca acidez.

Final curto.

Relação qualidade preço má. Há vinhos brancos de 4€ superior a este.

Mais informação do Produtor em:

http://www.bacalhoa.com/

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Penfolds Koonunga Hill Chardonnay 2005 Branco

Vinho bebido num jantar onde me fizeram passar por Embaixador de um país da América Latina.

Nariz com aromas finos de limão, mel de plantas silvestres e um pouco de floral.

Na boca nota-se estrutura e algum corpo, com sabores cruzados de mel (faz-me lembrar mel transmontano) que é surpreendente, melão, ligeira menta, tem também notas de limão. É um vinho meio seco. O produtor não revela qual a duração do estágio em madeira, mas seria benéfico que estivesse mais integrada com os sabores a fruta, já que não é muito açucarado.

Pouca acidez o que não lhe confere vida nem alma resultando um vinho curto e um pouco murcho o que descompõe o conjunto e retira-lhe o brilho (fica mesmo baço). No fim da prova liberta ligeiro balsâmico com duração instantânea.

Mais informações do produtor em:
http://www.penfolds.com

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Herdade do Pinheiro 2008 Branco

Com este verão extremamente quente continuamos em volta dos brancos.

Este Herdade do Pinheiro saiu um pouco carote (9€) para o que é oferecido.

Nariz com notas de limão e alguma fruta tropical, com predominância para o ananás.

Na boca revela-se com corpo médio, entra macio onde se confirmam as sensações citrinas e em vez do ananás encontramos um abacaxi. Ora resulta que a presença do abacaxi se sobrepõe um pouco ao conjunto, resultando um final do estilo xarope ou em ponto de rebuçado. É um vinho que inicialmente parece ser adamado mas termina doce. Por isso não tem muita frescura intrínseca.

Eu preferiria que tivesse mais ananás que até combinaria bem com a acidez que lhe confere alguma vida, mas assim ficamos-nos por um vinho que dá alguma sensação de estamos a beber algo mais licoroso.

Final médio.

Mais informação do produtor em:
http://www.herdadedopinheiro.com.pt

Kopke 2008 Branco

Existem empresas que sabem diferenciar os produtos por forma a que os consumidores valorizem o preço que pagam pelo que compram.

Nos mercados nem sempre se consegue fazer distinção do que é "premium" e nos vinhos isso também acontece. Muitas vezes os Reservas custam o dobro sem que isso acrescente o dobro da qualidade medida.

Felizmente a Kokpe sabe vender a preço justo os seus vinhos de mesa.

Depois de ter elogiado o Reserva que é um espanto de frescura e vigor no sabor - pode aceder à critica <aqui> foi a vez de provar o irmão mais novo.

Tem um preço de 4,5€ e por conseguinte tem de saber balizar um pouco aquilo que se está à espera.

Tem nariz com ténue presença cítrica - limão.

Na boca revela-se um vinho muito leve, com pouca expressão, diria um pouco diluído nos aromas. Nota-se as notas do limão e pouco mais.

Não é um vinho com acidez normal de branco e por isso não tem muita vida na boca.

Final curto.

É um vinho sem compromissos, com boa relação qualidade preço, mas não está apto para acompanhar grandes pratos. É um vinho adequado para entrada, para refrescar o verão e decerto que fará as delicias de consumidores sem preconceitos.

domingo, 9 de agosto de 2009

Dolium Escolha Antão Vaz 2006 Branco vs Antão Vaz da Peceguina 2008 Branco








































“A casta Antão Vaz é umas das castas mais importantes da zona do Alentejo. Oriunda da Vidigueira, no sul alentejano, é bastante resistente à seca e às doenças. Apresenta cachos de tamanho médio com bagos pequenos e uniformes que são de cor verde amarelada e que no fim da maturação passam a ser de cor amarela. Os vinhos produzidos por esta casta são bastante aromáticos (predominam os aromas a frutos tropicais) e têm, geralmente, cor citrina”.

Fonte http://www.infovini.com

Esta casta tem sido das mais faladas e publicitadas este verão. Os profissionais de marketing têm apostado este ano na promoção de vinhos produzidos com esta casta e por conseguinte tem despertado o interesse dos consumidores. Resultou nesta prova que por acaso se confrontasse dois vinhos feitos exclusivamente da casta Antão Vaz.

Estava planeado beber os dois vinhos em dias distintos mas devido a um súbito aumento do número de comensais decidiu-se abrir as duas garrafas e comparar.
Ao contrário do que acontece com as criticas de sistema de alta-fidelidade, onde os diversos equipamentos lutam por retirar o mais possível de um padrão, neste caso uma gravação, normalmente existe convergência de opinião sobre o equipamento que toca melhor.

No caso do vinho o padrão não existe e tornando muito mais subjectiva a avaliação.


O Dolium Escolha Branco Antão Vaz, colheita de 2006 conquistou o Grande Prémio do concurso a Escolha da Imprensa promovido pela Revista de Vinhos. O Antão Vaz da Peceguina lançou o primeiro vinho com a colheita de 2006 e têm vindo a afirma-se no mercado principalmente com o tinto da marca Malhadinha.

No que diz respeito ao Dolium tem nariz com ascendente de limão e algumas notas de madeira.

Na boca revela-se um vinho seco, talvez demasiado seco que absorve o sabor a limão que se revela com grandiosidade no inicio. A acidez confere-lhe alguma vivacidade que ajuda o conjunto. Nota-se a presença do estágio na madeira mas o perfil é maioritariamente cítrico.

Há também algumas notas ténues de fruta tropical.
Apresenta algum corpo e tem final médio ligeiramente balsâmico. É um vinho que poderia ser melhor não fosse a secura.

O da Peceguina tem um nariz dentro do mesmo padrão do Dolium mas é mais suave.

Na boca revela mesma presença cítrica, mas o limão tem sabor mais fino apesar de ser mais fechado. É um vinho mais leve com pouca acidez, mas pouco expressivo, ou seja, não tem a vivacidade do Dolium, diria que é um pouco murcho.

Não há integração de madeira (o vinho estagia em cubas de inox).
Tem final curto.

O vencedor acaba por ser o Doilum, mas sinceramente não gostei nada pelo facto de ser um vinho seco.

Os outros comensais também gostaram mais deste.
Pessoalmente prefiro Vinhos frutados Brancos feitos com Arinto, Verdelho ou então um verde Alvarinho, tem mais citrinos, mais fruta tropical e são mais agradáveis de beber.

Se gosta mesmo de um vinho com forte carácter citrino escolha antes um Kokpe Reserva Branco. Pode consultar a critica aqui: http://drinkedin.blogspot.com/2008/12/kopke-reserva-branco-2007.html

Mais informações sobre o Dolium aqui: http://www.paulolaureano.com/

E sobre o da Peceguina aqui: http://www.malhadinhanova.pt/

sábado, 8 de agosto de 2009

Redoma 2007 Branco







Bebido no restaurante Monte da Eira em Loulé, uma das referências da região, onde acompanhou uma massinha de peixe.

No copo apresenta lágrima com viscosidade idêntica a vinho do porto.

Nariz com notas de madeira e frutos secos.

Na boca entra com explosão de madeira onde quase se pode sentir os veios da barrica, muito bem integrada com as notas de frutos secos. Não tem um perfil de vinho fresco e ainda bem, tem corpo, unto e estrutura. Há vinhos tintos que têm dificuldade em acompanhar este Redoma.

Denota acidez controlada e apresenta efeito balsâmico que lhe transmite um final longo.

É um branco que traça um perfil de ruptura com os tradicionais frutados. Recomenda-se a ousadia e o resultado final.

É um vinho completo e altamente recomendado.

Mais informação do produtor em:
http://www.niepoort-vinhos.com/

Para consultar a critica do Redoma tinto 2003 aceda aqui: http://twurl.cc/1egj

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Monte da Peceguina 2008 Tinto


Vinho bebido no encontro anual do Drinkedin, este ano realizado no Algarve, em Vilamoura. Resultou que a escolha recaísse neste vinho por sugestão do João Almeida.

Apresenta lágrima colada no copo. Nariz com notas de frutos vermelhos vaporizados e algumas notas de madeira.

Na boca entra muito aveludado, surpreendente para um vinho deste valor (8€) com a fruta a aparecer concentrada e alguma predominância de ginja. Podia ter mais alguma frescura, mas a suavidade inicial que nos oferece compensa.

É um vinho redondo, de corpo médio, com alguma adstringência, controlada e bem interligada com o conjunto. Tem acidez normal para vinho jovem.

Final médio longo.

Mais informações do produtor em:

http://www.malhadinhanova.pt/

Morgado de S. Catherina Reserva 2007 Branco

Nariz com notas de fruta madura. Muito aromático e sugestivo.

Na boca entra com sabor a limão, intenso, fino e proporcionado. O sabor é absorvido de imediato dando lugar a um desdobramento de frutas tropicais integradas com a madeira mas sempre com o denominador comum que é o limão.

É um vinho equilibrado, bem feito muito bem proporcionado, acidez no ponto certo, com final fino mas prolongado e persistente.

É um branco de excelência e altamente recomendado.

Outras colheitas: <2009>

Mais informações do produtor em:

http://www.companhiadasquintas.com/

sábado, 25 de julho de 2009

Duorum 2007 Tinto


Tinha alguma expectativa neste tinto, tinha-se sido oferecido pelo meu amigo João Almeida que tem a capacidade de descobrir vinhos com boa relação preço qualidade e por outro lado é um dos escolhidos no livrinho do João Paulo Martins.
No copo apresenta muita opacidade na cor e lágrima gelatinosa.
No nariz tem aroma pouco pronunciado, até um pouco fechado. Tem algumas notas de frutos silvestres: amora e framboesa em estado silvestre.
Na boca entra macio, tem sabor a fruta silvestre em forma concentrada. É pena porque era desejada mais alguma expressão. Taninos a aparecer de forma um pouco vigorosa mas controlada. Alguma acidez residual.
É um vinho que está a tentar marcar um novo perfil por oposição ao clássico ou aos novos gulosos e opulentos, mas eu fico-me pelos dois últimos. Se gosta de experiências novas, compre.
Casa bem com fumeiro, caça e queijo curado com sabor intenso.

Do mesmo produtor:
<Duorum Reserva Vinhas Velhas 2007>

Quinta de Chocapalha Fernão Pires 2007 Branco




Nariz com sugestões a limão e alguma fruta tropical. Tem um aroma muito sugestivo e combina bem com o verão.

É um vinho ligeiro, com frescura trazida pelo sabor do limão mas o sabor desaparece rapidamente e o vinho fica no meio do nada, pelo que obriga a ir provado repetidamente o vinho para se sentir o sabor.

Nota-se o binómio limão fruta tropical a combinar em harmonia, mas não chega porque o vinho é curto.

Se aprecia vinhos com este perfil há outras escolhas bem melhores, experiente por exemplo os que usam casta verdelho.

Mais informações do produtor em:



http://www.wonderfulland.com/chocapalha/