sábado, 28 de fevereiro de 2009

Marques de Arienzo Crianza 2004

Posso dizer estes foi um dos vinhos em conjunto com o Casa Casal de Loivos que despertou a minha curiosidade pelo mundo do vinho há muitos anos atrás. Tinha por hábito beber o Reserva e de vez em quando o Crianza que é mais leve.

Um vinho Crianza tem por obrigação ter estagiado 2 anos antes de estar disponível no mercado. Neste caso um ano em barricas de carvalho americano e um ano em garrafa.

Antes de beber deixe respirar meia hora porque no início o álcool intromete-se em demasia.

Temos aqui um belo tinto. O estágio em barrica fez-lhe muito bem e isso nota-se na forma como embala a fruta vermelha intensa e viva muito bem combinada com o álcool que lhe dá força num equilíbrio prefeito. Tem ligeira acidez. Se quer algo mais macio passe para os Reservas (há 3 diferentes).

Se for a Espanha ou andar for um free-shop no aeroporto compre à confiança. Tem uma relação preço/qualidade imbatível (4,5 €).

Mais informações sobre o produtor em:
http://www.domecqbodegas.com/

Mais informações do vinho em:
http://www.aulamarquesdearienzo.com/

Martin Condax Albarino

Boca Fresca com sugestões de frutos tropicais e maça mas a necessitar de melhor definição. Penso que se fosse ligeiramente mais intenso ganharia compostura.

Acidez a estragar a prova, mesmo tratando-se de um Alvarinho.

Mais informações do produtor em:

http://www.martincodax.com/

Redoma Tinto 2003


Antes de beber decante-o porque cria depósito.

Pode-se dizer que é um vinho que nos deparamos com várias camadas para apreciar.

Em primeiro lugar destaca-se por ser extremamente macio e redondo. Não se sente o álcool mas sabe-se que está lá para dar força. É um vinho forte e opulento. Sabe a fruta preta com grande intensidade mas não é pesado. Dá vontade de encher a boca.

Tem final ligeiramente balsâmico e muito longo.

É um tinto muito bem feito e faz parte da minha lista de favoritos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Tapada de Coelheiros Tinto 2004

Nariz vigoroso e sugestivo. Entranha-se quase até à garganta.

Ligeiramente fresco. Temos aqui um vinho com sabor a fruta vermelha em boa proporção.

Álcool presente a dar força e alma.

Muito adstringente em potência e permanência, na minha opinião em demasia e descompõe o conjunto a não ser que goste de sensações vigorosas. Em alternativa pode esperar mais uns anos até que seja alcançada alguma suavidade extra.Para o preço que custa a rondar os 20€ julgo apresenta um "value for the money" muito baixo.Só para fás incondicionais.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Luis Pato Baga 2005


Vinho monocasta feito a partir de Baga que deu origem a muitas variações especialmente em espumantes com muito bons resultados.

Nariz com presença a frutos vermelhos confirmado na boca.

Vinho com frescura intensa. Leve com sabor fino e equilibrado mas não muito marcado e portanto não é daqueles vinhos que agrada a quem aprecia os tintos estruturados, densos e encorpados.

Penso que é um tinto que casa bem com o Verão.

Mais informações do produtor em:

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Post Scriptum 2006

Este tinto é considerado por muitos como o irmão mais novo do Chryseia e por ter preço muito mais acessível ganhou notoriedade. Para mim ganhou espaço próprio pela excelente relação qualidade preço (.

É um vinho diplomático e que agrada a todas as pessoas. Se tiver indeciso em escolher um vinho este é uma aposta certa.

É um vinho bem feito. Bem proporcionado. Fruta vermelha na dose certa e um toque madeira suave. Tem um sabor cativante porque parece que tudo foi feito com a devida proporção.

Nada agressivo. Não há um sinal de adstringência quando se bebe e essa é a melhor característica deste vinho.

Final médio.

Mais informações sobre o produtor em http://www.chryseia.com.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Valle Pradinhos Branco 2007


Há uma história engraçada para contar sobre este vinho.

A primeira vez que o bebi foi num aniversário há aproximadamente 4 anos. Na altura o empregado do restaurante disse-me que era difícil de obter só havia mais algumas garrafas e não vinha mais pois estava esgotado.

Passado estes anos todos e depois de muito procurar em algumas garrafeiras a resposta era invariavelmente a mesma. Vinho de produção restrita, só com reserva prévia, etc.

No fim-de-semana passado estava em Mirandela, localidade próxima do produtor e entrei dentro de uma loja de produtos regionais. Após decidir-me a comprar pão de azeite, folar e outras iguarias, fui apenas por curiosidade espreitar os vinhos. Encontrei este Branco que tanto procurara bem como o Reserva 2005 tinto que segundo criticas das revistas especializadas está muito bem e recomenda-se guardar em cave. Estive para comprar o Reserva no Natal mas esgotou.

Para meu espanto, na loja podia-se encontrar numa zona escura, resguardada, um conjunto de garrafas muito interessante: Barca Velha, Quinta da Leda, Quinta do Castro Vinhas Velhas 2003, Quinta da Touriga Chã, entre outros tesouros. Espero que dadas as elevadas temperaturas que a cidade sofre no Verão, tenham o devido cuidado na preservação do vinho.

Em relação a este Valle Pradinhos Branco propriamente dito realça-se que é feito a partir de castas Malvasia Fina, Riesling e Gewürztraminer, pouco utilizadas em Portugal.

Na boca há muita fruta com alguma doçura (particularmente desagrada-me) que desequilibra o conjunto e obriga a saber ligar este branco com o que se come. Tem sabor constante, macio e algum corpo. O grau alcoólico (13,5%) proporciona uma presença balsâmica agradável quando o vinho acaba de escorregar pela garganta. Em mau plano está a acidez (inexistente). Final médio.