sábado, 7 de fevereiro de 2009

Valle Pradinhos Branco 2007


Há uma história engraçada para contar sobre este vinho.

A primeira vez que o bebi foi num aniversário há aproximadamente 4 anos. Na altura o empregado do restaurante disse-me que era difícil de obter só havia mais algumas garrafas e não vinha mais pois estava esgotado.

Passado estes anos todos e depois de muito procurar em algumas garrafeiras a resposta era invariavelmente a mesma. Vinho de produção restrita, só com reserva prévia, etc.

No fim-de-semana passado estava em Mirandela, localidade próxima do produtor e entrei dentro de uma loja de produtos regionais. Após decidir-me a comprar pão de azeite, folar e outras iguarias, fui apenas por curiosidade espreitar os vinhos. Encontrei este Branco que tanto procurara bem como o Reserva 2005 tinto que segundo criticas das revistas especializadas está muito bem e recomenda-se guardar em cave. Estive para comprar o Reserva no Natal mas esgotou.

Para meu espanto, na loja podia-se encontrar numa zona escura, resguardada, um conjunto de garrafas muito interessante: Barca Velha, Quinta da Leda, Quinta do Castro Vinhas Velhas 2003, Quinta da Touriga Chã, entre outros tesouros. Espero que dadas as elevadas temperaturas que a cidade sofre no Verão, tenham o devido cuidado na preservação do vinho.

Em relação a este Valle Pradinhos Branco propriamente dito realça-se que é feito a partir de castas Malvasia Fina, Riesling e Gewürztraminer, pouco utilizadas em Portugal.

Na boca há muita fruta com alguma doçura (particularmente desagrada-me) que desequilibra o conjunto e obriga a saber ligar este branco com o que se come. Tem sabor constante, macio e algum corpo. O grau alcoólico (13,5%) proporciona uma presença balsâmica agradável quando o vinho acaba de escorregar pela garganta. Em mau plano está a acidez (inexistente). Final médio.

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