Quinta da Pacheca


Outro dia tive a oportunidade de visitar a propriedade onde é produzido o vinho Quinta da Pacheca.

A propriedade foi visitada no decorrer de uns dias no espaço de turismo de habitação chamado Outros Tempos onde se pode comer posta a maronesa, couves e os doces caseiros com um sabor de antigamente dificilmente ultrapassado em qualquer restaurante de comida regional.

Concluída a estadia rumou-se então ao local onde é produzido o vinho. O nosso guia de ocasião explicou-nos que o Quinta da Pacheca tinto é produzido através de pisa de uva feita de forma tradicional porque os pés não conseguem esmagar as grainhas das uvas ao contrário do que acontece com os métodos mecânicos. Segundo nos dizia a presença de grainha no mosto altera o paladar do vinho, tornando-o mais amargo. Curiosamente na produção do branco o processo é mecânico, não nos tendo sido explicado o porquê da opção.

Na propriedade é produzido o Quinta da Pacheca branco e tinto, um Reserva Vinhas velhas e ainda Vinho o Porto. O Quinta de Vale Abraão, comercializado pelo mesmo produtor não é produzido nesta propriedade.

Fomos à prova.

Ofereceram-nos o Quinta da Pacheca branco 2005, Quinta da Pacheca tinto 2003 e um Porto Tawny.

O branco foi servido a uma temperatura demasiado baixa e portanto não foi possível explorar o sabor do vinho. Pareceu ter presença cítrica e não deu para mais.

Em relação ao tinto tinha alguma expectativa. Já o tinha bebido anteriormente e não tinha ficado na minha lista de preferências. A expectativa devia-se ao facto de tentar perceber se o resultado da prova teria algum relacionamento com a técnica de produção que tinha sido enfatizada pelo produtor acima relatada. Ora a avaliação resultou numa grande desilusão porque no final o vinho revela-se ligeiramente amargo, com um sabor residual ligeiramente desagradável.

Da mesma zona (Armamar) há um Cabeça de Burro tinto que pelo mesmo preço tem melhor desempenho.

Por fim Porto. Equilibrado mas sem deslumbrar. Foi acompanhado com um doce tradicional se a memória não me falha chamado, beijo da preta, que era soberbo.

Restava então passar pela loja. Decidi-me a comprar o Quinta da Pacheca tinto reversa vinhas velhas para experimentar, já o que o outro não me merece confiança.

Ficam aqui as referências:

http://www.wonderfulland.com/pacheca/


http://www.outrostempos.com/

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