quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Quinta de Cidrô Pinot Noir 2005 Tinto


Bebido na véspera de Natal e acompanhou o tradicional bacalhau cozido.

Nariz com notas de frutos vermelhos frescos.

Na boca sente-se um corpo ligeiro. Sabor fino dos frutos vermelhos que se escondem e aparecem e no final algum temos notas de frutos secos, nozes. A madeira marca presença discreta. O Vinho é dominado pelo sabor da fruta e tem muita elegância.

Tem uns taninos bicudos, mas controlados não tornando o vinho áspero. Tem uma acidez residual constante que dá bastante vida ao vinho. Este enrola-se na perfeição com o sabor e gordura natural do bacalhau e do azeite onde estão molhadas as batatas.

Final médio.

Altamente recomendado para acompanhar peixes gordos e particularmente bacalhau. Preço elevado (35€). Só para ocasiões especiais.

Mais informação do produtor em: http://www.realcompanhiavelha.pt/

Vértice Cuvée Rerserva Bruto


No Nariz apresenta presença floral.

Na boca tem mousse média, mais contida do que murcha. Não é muito seco, tem ligeira frescura, com sabor refinado marcadamente floral. Leve agradável de beber.

Tem acidez fina. Final curto.

Indicado para entrada.

Boa relação qualidade/preço (9€).

JM Reserva 2008 Branco


Nariz com predominância a limonete e ligeiro floral em segundo plano. Tem um belo bouquet.

Na boca tem corpo leve, bastante fresco, sabor dominado pelo limonete. Vivo na boca. Boa interligação com a madeira que aparece na retaguarda. Está bem casado e denota equilíbrio.

Final médio que prolonga a sensação de frescura.

Um vinho talhado para beber no verão.

Mais informações do produtor em:
http://cvdvinhosdouro.pt

domingo, 27 de dezembro de 2009

Meandro 2003 Tinto


Feito a partir de Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca.

Nariz dominado por aromas a frutos pretos e notas químicas.

Na boca apresenta-se aveludado, com alguma espessura. Tem sabor compacto a frutos pretos e no final aparece sabor a uva passa. Boa integração com a madeira, deixando contudo que o enfoque principal seja o do sabor da fruta.

Tem corpo médio, mas sem a robustez que o caracteriza  quando bebido em novo. Pouco adstringente apresenta-se mais polido e equilibrado, se bem que eu prefiro aquela sensação carnuda quando bebido dois anos após a colheita.

Final longo.

Recomendado.

Pode consultar a critica da colheita de 2005 <aqui> bem como a de 2008 aqui.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Remelluri Reserva 2003 Tinto


Segundo o produtor feito de um blend das castas 90% Tempranillo, 5% Graciano e 5% Garnacha.

Cor granada escura a caminhar para o opaco, com reflexos acastanhados.

Lágrima espessa e gelatinosa no copo.

Nariz um pouco contraído com predominância para as notas de cereja.

Na boca revela-se um vinho sedoso, de corpo médio. Sabe a cereja cristalizada, mudando no final para notas de licor, mas em ser adocicado.Esta transição é muito agradável e aumenta o prazer de beber. Apresenta uma integração excelente da madeira.

Taninos já polidos. Tem final com intensidade média mas prolongado.

Um vinho para beber muito devagar.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Kompassus Blanc de Noirs 2006


De acordo com a ficha do produtor é feito de um blend das castas Touriga Nacional, Baga e Arinto. Não usa Pinot Noir nem Pinot Meunier utilizadas nos Champanhes que designam os produtos produzidos com estas castas como Blanc de Noirs.


Nariz muito leve com notas de ananás.


Na boca apresenta-se com uma mousse surpreendente: volumosa, opulenta, macia e viciante. Enche-nos a boca.


É um espumante verdadeiramente bruto, sem qualquer presença de açucares. Tem ligeiro sabor a frutos secos que se mantem de forma constante. Tem muita vida na boca com acidez equilibrada e um final médio.


Casa perfeitamente com marisco.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Quinta do Sairrão Vintage Port 1999



Hoje ao almoço abriu-se uma garrafa para avaliar o vinho que seria oferecido a clientes da empresa de um familiar meu. Resultou que o painel de prova considerou o vinho divino. O familiar dono das garrafas decidiu que dado que o nível de qualidade era muito elevado a clientes e preferiu partilha-lo com a família ao longo dos anos.

Este Vintage apresenta-se com cor totalmente opaca, vermelho muito escuro.


Enche a boca com unto e excelente volume.

Mantenha o vinho na boca prolongadamente para apreciar  todo o esplendor.

Concentrado e equilibrado nos sabores sujeitos a mutação própria. Sabe primeiro a cereja que depois deixa sobrepor pelo chocolate preto passando depois para ginjas.

É macio, delicioso, viciante e termina com um longo final.

Altamente recomendado.

Pó de Poeira 2006

Pois é. Finalmente provado. Finalmente..... .
Vinho com carácter. Elegante. Aromas intensos, pujantes. Deu-me vontade de cheirar, cheirar, cheirar.

Na boca é equilibrado, vegetal. Excelente acidez. Assume um perfil que admito gostar bastante. Feito com Touriga Nacional e Sousão, na mesma encosta do Poeira, partindo no entanto de vinhas mais jovens.


“nasce no pó e na poeira, na rudeza e austeridade do douro. Nasce dos elementos e da vinha. Nasce moldado pelo homem porque acreditamos que um vinho não deve terminar com um ponto de exclamação, deixando sempre questões por responder...”. Exacto! É mesmo isso!

Boa relação qualidade-preço.

Nota pessoal 1: Vamos ver se o Pai Natal deixa um Poeira no sapatinho..........
Nota pessoal 2: Não esquecer o Sirga, projecto do mesmo énologo.

Tapada do Chaves Reserva 2002 Tinto


Apresenta cor quase opaca e lágrima escorrida no copo.

Nariz marcado por notas de fruta esmagada, alguns aromas químicos e notas de madeira.

Na boca apresenta-se um pouco baço de sabor. Não se trata de ter aromas finos, trata-se de falta de expressão. A fruta parece que foi colhida antes do tempo. Está tudo muito contraído. É contudo um vinho que tem frescura, com a madeira está bem integrada.

Tem corpo médio, ligeiramente adstringente mas com álcool a mais e que cria uma ligeira sensação de aquecimento forçado.

Final médio.

Estamos perante um vinho desequilibrado e com má relação qualidade preço (11,00€). Esperemos por melhores colheitas.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Conde D'Ervideira Reserva 2006 Tinto


Já tínhamos provado deste produtor Castas de Ervideira Touriga Nacional <aqui> e ficamos com muito boa impressão.

Este reserva é feito a partir de blend das castas Trincadeira, Aragones, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon.

Nariz com predominância a frutos maduros. Aromático e sugestivo.

Na boca a fruta aparece-nos com sabor natural, simples, madura, madurinha. No final aparecem algumas notas a doce que se modifica para sugestões de licor. É um vinho que aposta tudo na fruta mas de maneira, controlada e equilibrada.

Tem corpo médio, ligeiramente redondo, com taninos finos e bem integrados.

Final longo com ligeiro balsâmico.

Gostei do estilo que é muito próprio. Recomendado.

Mais informação do produtor em:

http://www.wonderfulland.com/ervideira/

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Moet & Chandon Brut Imperial

Feito a partir de um blend das seguintes castas: Pinot Noir, Chardonnay e Pinot Meunier.

Apresenta-se leve, fino, vivo na boca. O seu sabor cativa e não esmorece. Está bem balanceado entre a frescura que não é intensa, também não é muito seco (apesar de ser comercializado como bruto) e a predominância do sabor a frutos secos - amêndoas, apresentado-se muito consistente de sabor. Eu penso que desta afinação resulta o sucesso deste champanhe. A presença das amêndoas revela a mutação natural de envelhecimento.

Não se nota grande intromissão de acidez que se mantém escondida e contribui para desfrutar.

Tem um final curto com presença discreta, bem lá no fundo, de rebuçado.

Apresar do preço elevado recomendado para ocasiões especiais, sendo uma aposta segura que agrada a todos.