sexta-feira, 26 de junho de 2009

Terras de Monforte Escolha 2006 Tinto


Vinho muito concentrado no sabor e ainda à procura de equilíbrio. Nota-se sobreposição de notas de doce de frutas com algum aromas de cereja, mas tudo aparece um pouco descontrolado. Faz-me lembrar por instantes um vinho Californiano que bebi há uns anos que tinha um pouco de tudo. Penso que ainda não está pronto para beber.
Nota-se o efeito do estágio porque a madeira aparece bem interligada.
Tem ainda muito álcool à mistura que precisa de ser dominado.
Se gosta de sensações fortes compre e beba, mas penso que ficará melhor se guardar e o provar daqui a uns anos.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Muxagat 2005 Tinto


Andava atrás deste algum tempo porque desapareceu de algumas lojas. É mais fácil encontrar em algumas cartas de vinhos de restaurante.
Foi bebido na noite de S. João.
Nariz com sensações de frutos vermelhos acompanhadas com algumas notas de estágio em madeira.
Na boca confirmam-se as sugestões sentidas no nariz. É um vinho de perfil relativamente clássico e apresenta boa frescura sendo muito agradável de beber especialmente no verão. Nota-se está a meio caminho dos tintos mais conservadores e a nova vaga dos tintos gulosos.
Sente-se a fruta vermelha com ligeira predominância para a cereja misturada com a madeira.
Adstringência diminuta e acidez muito fina entrosada em todo o conjunto.
É um vinho que acompanha bem carne vermelha e melhor ainda é um vinho que se bebe sozinho.
Final médio.

Castelo de D'alba Vinhas Velhas 2006 Branco

A primeira critica a este vinho efectuada no Drinkedin pode ser consultada <;aqui>.
Nariz com sugestões a fruta estival madura e frutos secos. Algumas notas de estágio em madeira também estão presentes.
Na boca entra nota-se em primeiro plano as notas de madeira (que belas estão) sendo depois sobrepostas pela fruta madura e frutos secos que predominam até ao fim, desaparecendo sobre ligeiro efeito balsâmico.
Acidez viva prolongando o sabor. Macio e de perfil arredondado, bom para casar com pratos de carne.
Final médio.Compre, beba e guarde.

domingo, 21 de junho de 2009

Soalheiro Alvarinho 2008




Há uns anos atrás tinha um Cliente Israelita que adorava comer marisco. Quando o acompanhava num refeição a escolha era invariavelmente Vinho Verde.

A paixão do Cliente pelo Vinho era tal que pedia-me sempre que lhe enviasse sempre uma caixa de vinho verde com a mercadoria. Normalmente não lhe enviava sempre a mesma marca. Quando a mercadoria chegava ao destino esperava pelo feedback. Numa das ultimas expedições enviei-lhe Soalheiro. Como resposta obtive "um dos melhores".

Por razões que os profissionais de Marketing saberão explicar o Vinho Verde está normalmente associado ao Verão e por outro lado conotado devido a algumas marcas de consumo fácil a vinho de perfil refrescante, pelo que ultimamente nem tenho olhado muito para as prateleiras onde os vinhos estão colocados.

Nariz com sensações de melão com final a maracujá. Muito aromático e apetitoso.

Na boca revela sensação frisante (dispensável). Sabe mais a maracujá maduro. É um vinho fresco estruturado com corpo médio.

Quando se bebe o nariz é simultaneamente invadido pelas mesmas sensações o que tornam a prova muito agradável. Quase não tem acidez.

O meu Cliente tinha razão. O Soalheiro vai continuar a deslumbrar.

Outras colheitas: <2009,2010,2011>



http://www.soalheiro.com/

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Quinta da Peça 2006 Tinto


Por vezes encontramos vinhos de produtores que devido aos canais de distribuição se tornam completamente desconhecidos como este Quinta da Peça que me veio parar às mãos.
É um vinho produzido na zona de Vila Flor, Trás-os-Montes feito a a partir das castas Touriga franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca.
Tem sabor a fruta vermelha madura bem integrada com notas de madeira. No inicio é vivo, mas depois vai-se um pouco abaixo.Não é um vinho muito encorpado.
Pouco adstringente e com alguma acidez preponderante o que faz casar bem com pratos de leitão (que foi o que acompanhou) ou bacalhau.
Se comprou beba-o já. É uma alternativa diferente para as escolhas massificadas do dia-a-dia.
Final médio.
Mais informação do produtor em:
www.quintadapeca.com

terça-feira, 16 de junho de 2009

Chrestus 2004 Tinto



É um vinho muito bem feito e que merece ser descoberto.

Nariz muito aromático com sugestões a compota.

É um vinho encorpado de perfil guloso com sabor a frutos silvestres misturado com especiaria na proporção correcta. Nota-se que o sabor não descai nem se altera.

Taninos macios, álcool bem presente com sensação balsâmica.

Final muito longo.

Altamente recomendado.

Mais informações sobre o produtor em.

http://www.encostalonga.com/

domingo, 14 de junho de 2009

Vinha Grande 2003 Tinto




É um vinho de perfil clássico um pouco contra os gostos aos quais os consumidores estão ultimamente habituados.
Abra a garrafa 1 hora antes de consumir e decante.
É um vinho bem feito e equilibrado. Tudo na proporção certa. Nota-se que houve cuidado na sua produção.
Sabe a fruta vermelha bem interligada com a madeira. Também por lá andam algumas notas de especiaria, mas sem grande predominância.
Tem sabor suave e é macio na boca (adstringência quase inexistente), com ligeira acidez a aparecer no final.
Final médio.
Se bebeu e não gostou, guarde as garrafas que sobraram e beba-o uns anos mais tarde, se não, compre e beba daqui a una anos. Vai ver que mais tarde vai ter recordações que redescobrir um vinho destes.
Relação qualidade preço poderia ser melhor por 10€ ou menos há agora outras escolhas que valem a pena ser consideradas.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Murganheira Reserva Bruto

A marca Murganheira foi responsável pelo reposicionamento dos espumantes Portugueses nos últimos anos após o domínio quase absoluto da Raposeira que se tornou no espumante do black and decker.

Após ter provado este Reserva Bruto tenho a dizer que este tipo de perfil se tornou cansativo. Apresenta bolha fina mas com acidez exagerada. Difícil de casar com a maior parte dos pratos gastronómicos. É bruto com certeza mas demasiadamente seco. A frescura inicial desaparece rapidamente. Hoje em dia há produtores que por menos alguns euros oferecem propostas bem mais interessantes.


Mais informações em:

http://www.murganheira.com

sábado, 6 de junho de 2009

Quinta do Infantado 2006 Tinto


Em 2007 a Wine Spectator elegeu o vinho Quinta do Infantado Reserva Douro 2003 no 38º no ranking mundial.
Os prémios por vezes aumentam a curiosidade de ir à procura dos eleitos e à falta do reserva bebeu-se o irmão mais novo de 2006.
É um vinho denso e convida a mante-lo na boca.
Tem sabor concentrado a fruta vermelha madura bem misturado com a madeira decorrente do estágio a que foi submetido.
Resulta um vinho macio com taninos finos, nota-se que têm álcool harmoniosamente ligado e que lhe transmite muito corpo.
É um vinho bem feito e altamente recomendado.
Final longo.
Adequado para acompanhar carnes vermelhas assadas.

Luis Pato Espumante Baga


Sou apreciador do espumante 3B produzido pela filha de Luís Pato que infelizmente desapareceu do mercado antes do Natal de 2008.

Desde essa altura já provei um substituto que não estava à altura – Ribeiro Santo <aqui> e desta vez decidir enveredar por este Luís Pato Baga.

O produtor recomenda servir a 8º, para não alterar o sabor.

É um espumante rosado com aroma marcado pela cereja, muito agradável de beber. A bolha não atrapalha. Não é excessivamente seco e portanto consegue agradar de forma fácil e casar com muitos pratos.

Este espumante tem uma grande versatilidade, pode ser servido como aperitivo e acompanha bem carne assada e doce, esta foi a opinião de algum dos comensais de ocasião que tiveram oportunidade de o provar.

Altamente recomendado e excelente relação/qualidade preço (6,5 €).

Mais informações do produtor em:

http://www.luispato.com

Crasto Tinto 2007


A quinta do Crasto teve o privilégio de ver premiado o Tinto vinhas velhas pela Wine Spectator em 2008 e por conseguinte a sua gama de vinhos tem despertado muita curiosidade.

Comprei o Crasto 2007 e não gostei.

No nariz tem sugestões a morangos e lá no fundo a amoras. É muito aromático.

Se por acaso é apreciador deste vinho abra a garrafa e espere uma hora para o beber. No início da prova apresenta acidez muito predominante tornado impossível aprecia-lo. Pena que o produtor não dê qualquer indicação no rótulo.

Depois do compasso de espera, lá se regressou à prova.

É um vinho com falta de estrutura. Tem sabor a fruta vermelha, ténue (nada alinhado com as sensações olfactivas), com álcool a sobrepor-se a tudo. Valha-nos a adstringência que está em bom plano.

Mais informações do produtor em:

http://www.quintadocrasto.pt/

terça-feira, 2 de junho de 2009

Quinta da Pacheca Reserva 2005 Tinto


Foram bebidas ontem duas garrafas deste Reserva produzido a partir de vinhas velhas com resultados bastante diferentes. O Quinta da Pacheca tinto já tinha sido provado <aqui> e a esperança de encontrar uma evolução era grande uma vez que não tinha ficado impressionado com o tinto de entrada de gama.

É um vinho tinto clássico que sabe a fruta vermelha ligeiramente oxidada, bem proporcionada, com adstringência fina e acidez que acaba por estar bem interligada no conjunto mas a sobrepor-se em demasia. Há quem goste de vinhos assim e se calhar casado com alguns pratos de tempero forte até acompanha bem, mas pessoalmente não é muito do meu agrado.

Final médio longo.

A segunda garrafa reservou-nos uma surpresa: era mais macio com tudo muito mais na proporção correcta. A acidez tinha desaparecido quase por completo o que indica que este vinho está a chegar ao início do período ideal para prova.

Eu cá fico-me pela segunda garrafa.

Mais informações do produtor em:

http://www.wonderfulland.com/pacheca/index.htm#